A última paixão de S.R.
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Perdoa-me! Não sei o que faço!
Não sei onde erro, por favor, me dê um abraço
Toque em mim, envolva-me com teu braço
Aperte, aperte, aperte como faz com o laço
(do sapato!)
Não! Por que me abandonas?!
Por que esse gosto amargo da derrota?
Deve ser todo o amor que arrotas
Hei de procurá-lo em todas as zonas, eu juro.
(para curar a desonra!)
A verdade: teu corpo é meu Paraíso.
Só mais uma vez quero nele estar
Ouvir lânguido mais uma vez o guizo
(da cascavel)
Eis teu filho. Eis teu pai. Eis me nu.
Como Cristo de braços abertos, te espero
Espero penetrar-me no...
(coração que sangra!)
Tenho sede de sua semente líquida
Do seu ódio escorrendo alvo
Da veia verde pulsante, vívida!
(que deixa na carne a ferida)
Ah, a delícia do seu corpo suado...
Goza. Tudo está consumado.
(eis o último poema!)
Entre tuas mãos sempre esteve o meu corpo.
(e o sopro orgástico divino criador!)