Meu parto
Contorcia-se histérica de dor e alegria orgástica
Com os tecidos da barriga estirando-se parafrásica.
Dilatava-se, de pernas abertas, tendo hemorrágicas cólicas e feliz por tê-las.
Combates internos mexiam todo seu corpo
O amor e o fascínio da descoberta
A vagina rasgada ao meio
E o clarão que sai de dentro ilumina todo o quarto.
As extremidades superior e inferior
Sangram, sagram-se
A uma estrela cintilante é dada,
Enquanto dá,
A luz.
E a incômoda presença satânica
Daquele senhor de bigode no canto da sala
Estendendo a mão?
“Sim, Fredi! Também quero estar prenhe de caos.”