segunda-feira, setembro 18, 2006

Nos espelhos procuro o rosto que eu tinha antes de nascer


Como será que eu era antes de existir? É difícil para eu imaginar o antes de meu início. E refletindo melhor é mais difícil ainda acreditar no início de tudo, da auto criação do Tudo a partir do nada. Algo tinha que surgir do nada? Tudo sempre existiu? Mas isso não é o assunto mais importante agora, aliás, não é sobre isso que eu quero falar neste texto. O que quero falar é na dificuldade que tenho de conceber uma realidade anterior a mim. O gênese de tudo, a criação do mundo a partir da minha percepção sensorial inicia-se com minha saída do corpo de minha mãe, pelo que eu me lembre. E a única noção da realidade concreta que temos é por meio dos sentidos. Não há outra. O que me mostra que virtualmente houve um passado são relatos que me ocorrem no presente, depois de minha vida já iniciada e de minha habilidade de decifrar os códigos da linguagem estar desenvolvida. O que é o passado? Tudo pode não existir e isso me fascina, me encanta. Um ciclo se fecha.

1 Comments:

Blogger Maria Clara said...

Espelhos são feitos para que possamos ver a nós mesmos. Mas, o mesmo objeto não nos deixa o ver o que está atrás dele.
Sérgio, o que está atrás do espelho? O nosso antes? O nosso depois? Ou nada sobre nós? ... Boa pergunta amigo !
Beijos !

3:22 PM  

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