E o sopro divino criador cantou: "Faça-se a luz!"
Pulando parte do tempo que nos escorre pelos ponteiros do relógio mole como um ovo frito num quadro de Dalí, após termos gastado-o como um grafite atritado sobre uma superfície áspera, volta-nos os mistérios e as leis do desejo que outrora pensamos acabado e esquecido. Aquela força estranha que move o ser humano, o animal. Aquelas que não se saciam, aquelas que a publicidade aprendeu a controlar, aquelas que nos roubam todo o poder criativo. Daí, não há como fugir, a fuga é deixar de consumir para consumir-se a si mesmo. Onde pode acolher-se um fraco humano contra uma força tão grande que emana de seu próprio ser? O que fazer se é nossa carne que nos mata? O resultado é sempre acabar-se. É tudo tão intenso... Vibrante... São sons dissonantes que ecoam ao infinito e se dispersam em toda a direção... Um silêncio repentino... Um sussurro feminino no escuro. Talvez seja eu mesmo.
sergio,
gosto mais desse blog aqui... rs
Fábio
Eu também...