Sexo vai, sexo vem
O arfar ululante da caixa torácica
E curva coluna em arco-e-flexa
A boca que ri, o olho que fecha
Natureza sua morena passe cá.
O calafrio ao toque suave quente
De calor pulsante de amante nu.
O corpo-coral que sobre si sente.
E a língua estúpida: sururu.
E é tudo. É perna, pêlo e cabelo.
E a chama fria que queima é ente
E quem há de pensar não sê-lo?
E o fio vermelho corre no dente,
Mostra única e macabra do desejo,
É fio de sangue que corre quente
Ao beijo.
E curva coluna em arco-e-flexa
A boca que ri, o olho que fecha
Natureza sua morena passe cá.
O calafrio ao toque suave quente
De calor pulsante de amante nu.
O corpo-coral que sobre si sente.
E a língua estúpida: sururu.
E é tudo. É perna, pêlo e cabelo.
E a chama fria que queima é ente
E quem há de pensar não sê-lo?
E o fio vermelho corre no dente,
Mostra única e macabra do desejo,
É fio de sangue que corre quente
Ao beijo.