olhos de água
por sua causa já não tenho medo de não rimar
de fugir a métrica por seu toque
pelo seu sussurro "fique"
torno-me moleque
seu cabelo cor caqui,
seus azuis,
seus amarelos,
seus marrons.
voz silábica que torna-se beijo...
como seus olhos não lhe escorrem pela face?
você é minha poesia sem adjetivo
real e concreta
nosso sono sem bocejo
o deitar leve sobre o peito
nu.